Sobre o Mapa

O mapa interativo da Rede Juruena Vivo foi elaborado com o objetivo de apresentar a bacia do Juruena destacando: as hidrelétricas construídas e planejadas; as terras indígenas e etnias que ocupam este território; os sítios arqueológicos e lugares sagrados que guardam histórias de antepassados; as iniciativas de etnoturismo existentes; e as experiências produtivas sustentáveis. 

Construir um mapa é sempre priorizar a representação de alguns elementos em detrimento de outros. Portanto, é importante frisar que o Juruena não se reduz ao representado nesse mapa. A ideia é que este seja um mapa aberto, que possa crescer com a colaboração de todos e ganhar novas experiências.

Sobre a metodologia

O mapa foi realizado na plataforma Open Street Map e as informações estão disponíveis para download no nosso Banco de Dados Online. 

Para construir o banco de dados, levamos em consideração os principais temas com os quais a Rede tem trabalhado. As categorias selecionadas foram: hidrelétricas, terras indígenas, locais simbólicos, experiências produtivas e etnoturismo. 

Os dados das hidrelétricas são fruto de um monitoramento exaustivo realizado pela Operação Amazônia Nativa (OPAN). Este trabalho pode ser melhor entendido com a experiência relatada na publicação: Acompanhamento de projetos de infraestrutura energética na bacia do Juruena: desafios e recomendações para comunidades e poder público”.

As terras indígenas aparecem em outras plataformas de mapeamento porque são territórios reconhecidos pelo Estado brasileiro. Aqui destacamos os territórios que compõem a bacia do Juruena com fotos e informações no intuito de valorizar estas populações, que são guardiãs das florestas, dos rios, de idiomas e de boa parte da cultura cultura brasileira.

Os lugares sagrados apontados no mapa  são um recorte em meio a muitas outras áreas de fundamental importância física e cultural para os povos indígenas ainda não identificadas neste trabalho. Os pontos selecionados são apenas uma amostra, resultado de um estudo de fôlego das narrativas dos povos indígenas sobre as paisagens míticas e da relação que guardam com as terras e rios. Esta pesquisa pode ser encontrada no livro Paisagens Ancestrais do Juruena, publicado em 2019.

As experiências de etnoturismo vem sendo desenvolvidas por alguns povos indígenas da região e deram origem ao estudo realizado pela Conservação Estratégica – Brasil (CSF): Fortalecendo o Turismo em terras indígenas: análise de oferta e demanda do turismo na bacia do Rio Juruena, MT. No mapa foram projetadas algumas das experiências de turismo do povo Paresi, que tem se estruturado a partir de um planejamento comunitário.

Por fim, as iniciativas de produção sustentáveis são fruto de um mapeamento direto da Rede Juruena Vivo junto aos seus membros e a partir de encontros, festivais e intercâmbio (em construção).